26 janeiro 2007

Como saber?


Até onde ir?

Como caminhar e ao mesmo tempo equilibrar a sensatez e a loucura?
Como decidir qual a melhor hora de passar de um estado a outro?
Como saber? Como descobrir quando devemos cruzar essa linha perigosa?

São tantas as dúvidas. São tantos os medos.

Será verdade que os grandes abismos só atravessamos com grandes passos?
Como saber que chegou o momento?
Ou não se trata de saber? Talvez seja fazer e pronto?

A decisão é um risco. E o risco é todo nosso.

Talvez por isso a gente fique tanto tempo parado no mesmo lugar.
Talvez por isso esperemos sempre a hora certa, os melhores ventos.
E se o melhor de tudo estiver na tempestade?
E se for esse mesmo o sentido da viagem?

Lançar-se ao mar sem botes salva-vidas.
Navegar sem rumo definido.
Deixar-se levar pelas ondas.

Não temos como saber. Não temos como saber...

Mas o mar é tão fascinante.
E tão profundo. E tão vasto. E tão poderoso.
Faz a gente se sentir grande. Faz a gente se sentir pequeno.
O mar e seus mistérios.

E a gente sabe tão pouco...

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